quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Ruben Reis

O palco da minha vida cruzou-se com o palco do Contra-Senso (na altura, Grupo de Teatro da Esc. Sec. D. Dinis), há pouco mais de uma década, precisamente no momento em que me perguntaram se queria fazer o papel de um Actor que não podia fazer um dos espectáculos.
O convite tornou-se no maior desafio às minhas capacidades, não só pelo facto de nunca ter feito Teatro, mas também porque havia pouco tempo para decorar o texto. Ah, o texto! Carrasco do Actor enquanto ensaia, amante no dia da estreia.
A adaptação ao Contra-Senso foi rápida, as amizades verdadeiras construíram-se, os meus passos de danças latinas animavam as hostes e confesso que houve alturas em que os amores do texto pularam para a realidade. Fui Devil, Mau da Fita, Mafioso, Oberon e até Lord Capuleto dos tempos modernos.
Definir 10 anos de Contra-Senso torna-se difícil pelo carácter pessoal que tem, pelos sentimentos partilhados e, sobretudo, pela minha vida e alegria que lhe pertencem. Fazer Teatro é sinónimo de prazer, realização, sonho concretizado, plenitude; é um bem estar entre a Arte que permite “outrar-me”. A única palavra proibida é parar porque com dizia Sarah Brightman, “this is the point of no return”.

Um comentário:

Anônimo disse...

"A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação" (F.P)

Que nunca percas essa capacidade de fazer os outros (re)agir.