quinta-feira, 26 de maio de 2011

Projecto do Teatro Contra-Senso e da Associação Entremundos em parceria com a J.F. de Marvila foi o mais bem classificado no programa BIP/ZIP


Vinte e sete candidaturas foram incluídas no milhão de euros disponível no orçamento da Câmara de Lisboa para pequenos projetos em bairros e zonas de intervenção prioritária (BIP/ZIP), segundo os resultados a que a Lusa teve acesso.
No total, foram apreciadas e pontuadas 77 candidaturas, que totalizavam 2,5 milhões de euros, mas muitas não serão incluídas, uma vez que a verba disponível este ano para o programa BIP/ZIP é de um milhão de euros.
“As candidaturas que não tiveram pontuação suficiente poderão ter outro tipo de apoios da autarquia e é esse o trabalho que vamos fazer agora”, disse à Lusa a vereadora da Habitação, Helena Roseta.
A candidatura mais bem classificada foi apresentada pelo Grupo de Teatro-Cultural Contra Senso e pela Associação Entremundos, do bairro do Armador, que têm como parceiros a Junta de Freguesia de Marvila. A proposta, denominada ‘reMix – Intervir e Criar’, ronda os 50.000 euros.
Na segunda posição na classificação atribuída pelo júri surge o projeto ‘Horta Nova com padrinhos’, apresentado pela Junta de Freguesia de Carnide com diversas associações como parceiros, e em terceiro lugar ficou a ‘Cozinha Comunitária da Mouraria’, da Associação Cozinha Popular e que tem como parceiro o Grupo Desportivo da Mouraria. Cada uma delas está avaliada em 50.000 euros.
Foram igualmente selecionados a proposta para criar um portal de casas degradadas para reabilitar, os canteiros comunitários no Beato, um projeto comunitário que envolve diversos bairros e que foi apresentado pela Cruz Vermelha e por moradores das Calvanas, um outro de divulgação musical em bairros e uma candidatura que propõe a reabilitação do bairro da Torrinha.
Das 27 candidaturas incluídas na lista de pontuação do júri, a analisar na quarta-feira em reunião de câmara, três são intervenções pontuais, com um valor total de 15.000 euros, cinco são da área dos serviços à comunidade, com 106.000 euros, e 19 são pequenos investimentos e ações integradas, que custarão 895.500 euros.
Na ata do júri, a que a Lusa teve acesso, chama-se a atenção para o facto de algumas candidaturas servirem para financiar atividades já em curso e aponta-se algum desajustamento no financiamento pedido e nas iniciativas que se pretendem realizar.
Os jurados manifestam ainda alguma preocupação com a sustentabilidade de algumas ações para além do programa e sugeriram que, no futuro, seja valorizada a qualidade das propostas e a sua capacidade de inovação.
Os BIP/ZIP, que abrangem 34 freguesias, foram identificados em função da necessidade de melhoria do ambiente urbano e das condições de vida dos cidadãos, já que são marcados por carências sociais, degradação de casas e abandono do espaço urbano.
O objetivo é que estes bairros sejam alvo destas pequenas intervenções, que podem ir da colocação de iluminação à limpeza de graffiti, ao longo de um década, pelo que o conceito de BIP/ZIP foi introduzido na proposta do novo Plano Diretor Municipal.
O programa prevê o apoio a projetos que se insiram numa de três tipologias definidas: intervenções pontuais (com apoio máximo até 5.000 euros), serviços à comunidade (até 25.000 euros) e pequenos investimentos e ações integradas (até 50.000 euros).
Não são elegíveis as despesas para obras em sedes de juntas de freguesia e organizações da sociedade civil nem intervenções pontuais em fogos municipais ou privados.

(fonte: Agência Lusa)

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